Blog das PME´s

20/02/2015

Se o Papa é pop, os empreendedores também podem ser: Como sua empresa pode ganhar a atenção das corporações gigantes

pap pop

Quando Papa Francisco anunciou o lançamento da Scholas.Lab, agora no início do mês, ele ganhou a admiração do mundo tecnológico. Em um momento em que a maior parte da comunicação é mais digital, nada mais natural do que o Vaticano saber interagir neste novo ambiente. Assim, criar uma aceleradora de startups parece algo fora da tradição católica, mas faz todo o sentido para quem quer e precisa, urgentemente, interagir com pessoal dos likes, comments e shares. Para o Vaticano e todas as outras grandes empresas, a inovação está cada vez mais fora das organizações.

Por esta razão, se vai empreender ou já está empreendendo, Bradesco, Telefónica e Coca-Cola, apenas para citar alguns exemplos de empresas que venho dando uma força, também podem ajudar.

O Bradesco criou o Inovabra, um programa pioneiro no Brasil que foca na oferta dos mercados e da capilaridade que o banco tem para alavancar o negócio das startups. A Telefónica criou a Wayra, uma sofisticada aceleradora de startups que vem conseguindo atrair empreendedores experientes. E a Coca tem o Coca-Cola Founders, um programa global em que se associa a empreendedores que sabem escalar seus negócios por meio da atuação da gigante de bebidas. A empresa gostou tanto do tema, que lançou o Coca-Cola Up, um segundo programa em parceria com a Artemísia, para apoiar empreendedores de negócios sociais. Em comum, todas estas gigantes oferecem acesso a mercados que uma startup brasileira nunca teria, mesmo que tivesse recebido um aporte milionário.

Mas a lista de gigantes que buscam startups continua. Hospital Albert Einstein, Natura, Mondelez, Senior Solution e Totvs já lançaram suas iniciativas para apoiar startups e muitas outras serão lançadas em 2015.

Mas se você é empreendedor e tem interesse em ser acelerado por uma grande empresa, alguns cuidados devem ser tomados:

-> Entenda se o programa é realmente estratégico para a grande empresa. O principal executivo e, principalmente, o diretor de inovação devem estar a bordo. Isto demonstra não só compromisso da alta direção, mas também um sinal de seriedade para os demais da empresa. Além disso, a chamada deve endereçar os principais desafios da corporação. Se isto não estiver claro, você não saberá exatamente como a sua startup pode ajudar a empresa.

-> Analise detalhadamente a chamada do programa. Algumas cláusulas podem ser abusivas em uma primeira leitura, mas podem fazer sentido em um contexto mais estratégico para a grande empresa. Sempre, na dúvida, entre em contato com o responsável pelo programa. E ter um bom advogado ao lado, não é recomendável, é obrigatório.

-> Só entre em iniciativas ganha-ganha. É fácil, inclusive pelo tamanho e burocracia, a grande empresa pisar na startup. Para que isto não ocorra, prefira os programas que tem, entre os organizadores, pessoas externas à corporação que consigam trazer uma discussão de acordo mais vantajoso para as duas partes e uma interação mais tranquila posteriormente.

-> E saiba aproveitar, mais do que os recursos que a grande empresa pode oferecer, o mercado que ela já tem acesso. Quase sempre, isto seria inatingível para uma startup brasileira conseguir entrar em mercado tão grande em um tempo tão curto.

Por fim, entenda que os programas de startups das grandes empresas também são startups corporativas. Ainda há muitas dúvidas e incertezas também do lado da corporação. Ambos os lados estão e estarão aprendendo a empreender.

Fonte: ESTADÃO PME, por: Marcelo Nakagawa

http://blogs.pme.estadao.com.br/blog-do-empreendedor/categorias/marcelo-nakagawa/

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